Recentemente, Francinete, ou “Fran”, como se intitula nos vídeos, se envolveu em perigosa polêmica, com usuários do Twitter levantando a hashtag “#SaveBelParaMeninas” e acusando-a de cometer abusos contra a própria filha, registrando momentos de tristeza e dor da criança em vídeo e supostamente forçando-a a continuar gravando conteúdo contra a sua vontade. O canal tem, em média 7 milhões de inscritos.
Na última semana, o Canaltech procurou Francinete pelo e-mail listado no YouTube e Instagram (este último, com o selo de autenticidade de usuário conferido pela rede social) como contato comercial, mas não obteve resposta. Alguns dias depois da publicação de nossa matéria expondo o caso, Francinete, junto de seu esposo Maurício, publicou um vídeo onde leu um texto impresso, chamando as acusações de “campanha difamatória” que teria partido de “pessoas maldosas que [nós] desconhecemos, invejosos e inimigos do sucesso de nosso canal”.
Vídeos anteriormente linkados nas diversas reportagens da mídia sobre o caso, agora aparecem como “Privado” na página do YouTube. Ou seja, o vídeo ainda está lá, mas disponível apenas para quem o postou. Em outras palavras, nem mesmo que tiver o link de um vídeo em mãos poderá acessá-lo – apenas administradores do canal é que terão esse acesso.
Em 2016, o mesmo canal foi alvo de investigação por parte do Ministério Público, quando foi acusado de lucro indevido proveniente às veiculações publicitárias indevidas feitas no canal. Pelas regras de uso do YouTube, vídeos com menores de idade não podem ser monetizados para a publicidade digital por motivo de preservação da privacidade infantil frente à coleta de dados por empresas de tecnologia e parceiros.
Francinete não comentou sobre a remoção do acesso aos vídeos até o momento. A mãe não tem nenhum perfil público no Twitter e, no Instagram, o perfil da família tem sua postagem mais recente na data de 19 de maio de 2020 – uma foto em família, com o casal e as duas filhas.